Palco de inúmeras polêmicas atuais, a Coreia do Norte é um país diferente de todos os outros.
Se diante da situação atual você está se perguntando “como é a Coreia do Norte?“, confira nossa seleção de fotos com informações em meio as imagens!
Coreia do Norte, oficialmente República Popular Democrática da Coreia, é um país do Leste Asiático que ocupa a metade norte da Península da Coreia. Sua capital e maior cidade é Pyongyang.
A Zona Desmilitarizada da Coreia serve como uma área de divisão entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte.
Os rios Amnok e Tumen formam a fronteira com a República Popular da China. Um trecho do rio Tumen no extremo nordeste é a fronteira natural com a Rússia.
A península foi governada pelo Império Coreano até ser anexada pelo Japão após a Guerra Russo-Japonesa de 1905. Com a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, em 1945, a Coreia foi ocupada pelos Estados Unidos e pela União Soviética, e dividida em dois países distintos.
A Coreia do Norte recusou-se a participar da eleição supervisionada pelas Nações Unidas, feita em 1948, que levava à criação de dois governos coreanos separados para as duas zonas de ocupação.
As duas Coreias, do Norte e do Sul, reivindicavam soberania sobre a península inteira, e isso levou-as à Guerra da Coreia de 1950. Um armistício assinado em 1953 suspendeu o conflito, porém não foi assinado nenhum tratado de paz.
Esse armistício vigorou até 2013, quando foi suspenso pela Coreia do Norte como parte da propaganda de guerra decorrente de seu terceiro teste nuclear, que ocorreu naquele ano
Desse modo, ambas Coreias estão atualmente em guerra.
Ambos os Estados foram aceitos nas Nações Unidas em 1991.
A Coreia do Norte é um Estado unipartidário sob uma frente liderada pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia.
O governo do país se autodeclara como seguidor da ideologia juche, desenvolvida por Kim Il-sung, ex-líder do país.
Juche tornou-se a ideologia oficial quando o país adotou uma nova constituição em 1972, apesar de Kim Il-sung estar governando seu país sob uma política similar desde, pelo menos, o início de 1955.
A Coreia do Norte é oficialmente uma república socialista, considerada por muitos no mundo todo como sendo uma ditadura totalitarista stalinista.
E considerado um país quase isolado devido a um embargo econômico causado pela sua insistência em fazer teste com armas nucleares, evitando também a exportação de tecnologia nuclear.
De acordo com a tradição, no ano 2 333 a.C., Tangun (também chamado Dangun) fundou a dinastia Chosŏn (chamada frequentemente de Gojoseon para evitar a confusão com a dinastia do século XIV de mesmo nome).
A antiga Coreia passou a albergar uma série de cidades-estado em constantes guerras, que apareciam e desapareciam constantemente. Contudo, três reinos, Baekje, Silla e Koguryo, fortaleceram-se e dominaram a cena histórica da Coreia por mais de duzentos anos, no período conhecido como “os Três Reinos da Coreia”.
Em 676 d.C., Silla unificou com sucesso quase todo o território coreano, com exceção do reino de Balhae. O domínio desses reinos, sobretudo a Coreia e parte da Manchúria, deu origem ao período dos estados Norte e Sul.
Em 918, o general Wang Geon fundou o reino de Goryeo (ou Koryŏ, de que provém o nome Coreia). No século XIII, a invasão e dominação dos mongóis debilitou esse reino. Depois de quase trinta anos, o reino conservou o domínio sobre o território da Coreia, ainda que, na realidade, fosse um estado tributário dos mongóis.
A queda do Império Mongol foi seguida por uma série de lutas políticas.
Após a rebelião do general Yi Seong-gye em 1388, a dinastia Goryeo foi substituída pela dinastia Joseon.
Entre 1592 e 1598, os japoneses invadiram a Coreia depois de a dinastia Joseon ter negado a passagem ao exército japonês liderado por Toyotomi Hideyoshi, em sua campanha à conquista da China.
A guerra só terminou quando os japoneses se retiraram após a morte de Hideyoshi. É nessa guerra que surge como heroi nacional o almirante Yi Sun-sin e a popularização do famoso Navio Tartaruga.
No século XVII, a Coreia foi finalmente derrotada pelos manchus e se uniu ao Império Chinês da Dinastia Qing. Durante o século XIX, graças à sua política isolacionista, a Coreia ganhou o nome de “Reino Eremita”.
A dinastia Joseon tratou de proteger-se contra o imperialismo ocidental, mas foi obrigada a abrir suas portas para o comércio ocidental.
Depois da Segunda Guerra Sino-Japonesa e da Guerra Russo-Japonesa, a Coreia passou a ser parte do domínio japonês (1910-1945).
No final da Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas se renderam às forças da União Soviética, que ocupava o norte da Coreia (atual Coreia do Norte), e dos Estados Unidos, que ocuparam a parte sul (atual Coreia do Sul).
Em 1948, como consequência da divisão da península entre soviéticos e estadunidenses, surgiram duas novas entidades que permanecem até hoje: a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.
No norte, um guerrilheiro antijaponês chamado Kim Il-sung obteve o poder por intermédio do apoio soviético; no sul, um político de direita, Syngman Rhee, foi nomeado como presidente.
Em 25/6/1950, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul, dando início à Guerra da Coreia. O Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu intervir contra a invasão com uma força liderada pelos Estados Unidos.
Essa decisão só foi possível porque o delegado da União Soviética no Conselho de Segurança das Nações Unidas esteve ausente como forma de protesto pela admissão da República da China naquele órgão.
Por sua parte, a União Soviética e a China decidiram apoiar a Coreia do Norte, enviando efetivos militares e provisões para as tropas norte-coreanas.
A guerra acabaria com baixas maciças de civis norte e sul-coreanos.
O armistício de 1953 dividiu a península ao longo da Zona Desmilitarizada da Coreia, traçada muito próxima à linha da demarcação original.
Nenhum tratado de paz foi firmado, e tecnicamente os dois países continuaram em guerra.
Estima-se que 2,5 milhões de pessoas morreram durante o conflito.
No final da década de 1990, o Sul transitou para um modelo liberal democrático, com o sucesso da política Nordpolitik, e o poder do Norte tendo sido retomado pelo filho de Kim Il-sung, Kim Jong-il (e, posteriormente, por Kim Jong-un), as duas nações começaram a se aproximar publicamente pela primeira vez, com a Coreia do Sul declarando sua Política Sunshine.
Em 2002, o presidente norte-americano George W. Bush marcou a Coreia do Norte como parte de um “eixo do mal” e um “posto avançado da tirania”.
O contato de mais alto nível que o governo teve com os Estados Unidos foi em 2000, com a então Secretária de Estado norte-americana Madeleine Albright, que fez uma visita a Pyongyang, porém os dois países não têm relações diplomáticas formais.
Em 2006, aproximadamente 37.000 soldados estadunidenses permaneceram na Coreia do Sul, embora, em junho de 2009, esse número tenha caído para cerca de 30.000.
Kim Jong-il, em particular, declarou aceitar a permanência das tropas norte-americanas na península, mesmo após uma possível reunificação. Publicamente, a Coreia do Norte exige fortemente a retirada das tropas da Coreia.
Em 13/6/2009, a agência de notícias norte-americana Associated Press reportou que, em resposta às novas sanções das Nações Unidas, a Coreia do Norte declarou que iria avançar com seu programa de enriquecimento de urânio.
Isso marcou a primeira vez em que a RDPC publicamente reconheceu que estava conduzindo um programa de enriquecimento de urânio.
Em agosto de 2009, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton encontrou-se com Kim Jong-il para garantir a libertação de duas jornalistas norte-americanas.
Em junho de 2010, a 12ª sessão da Suprema Assembleia Popular elegeu Choe Yong-rim para substituir Kim Jong Il no cargo de primeiro-ministro.
Em agosto de 2015, o governo norte-coreano institui um novo fuso horário, atrasando os relógios 30 minutos em relação ao fuso horário anterior, utilizado por Japão e Coreia do Sul.
A Coreia do Norte volta assim ao fuso horário praticado naquela península antes da ocupação japonesa.
A Coreia do Norte ocupa a porção norte da península da Coreia, cobrindo uma área de 120.540 km² (46.541 mi2).
A maior parte da fronteira da Coreia do Norte é com a República Popular da China e uma pequena parte a norte com a Rússia;a fronteira ao sul é feita com a Coreia do Sul, ao longo da Zona Desmilitarizada da Coreia.
A oeste, há o Mar Amarelo e a Baía da Coreia, e ao leste, é banhada pelo Mar do Japão.
O ponto mais alto da Coreia do Norte é a Montanha Baekdu com 2 744 metros de altura. O rio mais longo é o rio Amnok, que flui por 790 km (491 mi).
O clima da Coreia do Norte é relativamente temperado. A maior parte do país é classificada como do tipo Dwa na classificação climática de Köppen-Geiger, com clima temperado frio, com inverno seco e com verão quente. No verão há uma pequena temporada de chuvas chamada changma.
Em 7 de agosto de 2007 ocorreram indundações, as maiores em 40 anos, que levaram ao governo norte-coreano a pedir ajuda internacional.
ONGs, como a Cruz Vermelha, pediram às pessoas que levantassem fundos, pois temiam uma catástrofe humanitária.
A capital e também maior cidade é Pyongyang; outras cidades maiores incluem Kaesong ao norte, Sinuiju ao noroeste, Wonsan e Hamhung ao leste e Chongjin ao nordeste.
Alguns europeus que visitaram recentemente a Coreia do Norte observaram que o país parecia “um mar em uma tempestade pesada” por causa das muitas serras sucessivas que cruzam a península.
Cerca de 80% da Coreia do Norte é composta por montanhas e planaltos, separados por vales profundos e estreitos, com todas as montanhas da península com elevações superiores a 2 000 m.
As planícies costeiras são largas no oeste e descontínuas no leste. A grande maioria da população vive em planaltos ou planícies.
O ponto mais elevado da Coreia do Norte é a Montanha Baekdu, uma montanha vulcânica próxima à fronteira com a China, um planalto de lava basáltica de elevações entre 1 400 e 2 000 metros acima do nível do mar.
A Serra Hamgyong, localizada no extremo nordeste da península, possui muitos picos altos, incluindo Gwanmosan com aproximadamente 1 756 m (5 761 pés).
Outras serras maiores incluem as Montanhas Rangrim, localizadas na parte centro-norte da Coreia do Norte, que percorrem uma direção norte-sul, fazendo comunicação entre as partes leste e oeste do país; e a Serra Kangnam, que faz seu curso ao longo da fronteira China-Coreia do Norte.
Geumgangsan, frequentemente escrita Mt Kumgang, ou Montanha Diamantina, (aproximadamente 1 638 m) nos montes Taebaek, se estende pela Coreia do Sul, é famosa pela sua beleza cênica.
Na maior parte, as planícies são pequenas. As mais extensas são as planícies de Pyongyang e Chaeryong, cada uma cobrindo uma área de cerca de 500 km². Pelo motivo de as montanhas da costa oeste se desgastarem abruptamente em direção ao mar, as planícies são menores no leste do que na parte oeste. Ao contrário do vizinho Japão ou o norte da RPChina, a Coreia do Norte tem pouca experiência com graves terremotos.
A Coreia do Norte possui um clima continental com quatro estações bem distintas.
Longos invernos trazem uma temperatura baixa e condições meteorológicas claras intercaladas entre tempestades de neve como resultado dos invernos do norte e noroeste, soprados da Sibéria.
A nevasca média é de 37 dias durante o inverno. É provável que o tempo seja particularmente rigoroso ao norte, onde há regiões montanhosas. O verão tende a ser curto, quente, úmido e chuvoso por causa das monções de inverso do sul e sudeste que trazem ar úmido do Oceano Pacífico.
Tufões afetam a península em uma média de pelo menos uma vez a cada verão.
Primavera e outono são estações transicionais marcadas por temperaturas amenas e trazem um clima mais agradável. Os perigos naturais incluem secas ao final da primavera, muitas vezes seguidas por graves inundações.
A população da Coreia do Norte, de cerca de 23 milhões de habitantes, é uma das populações mais homogêneas étnica e linguisticamente do mundo, com um número muito pequeno de chineses, japoneses, vietnamitas, sul-coreanos, e uma minoria de europeus expatriados.
De acordo com o CIA World Factbook, a expectativa de vida da Coreia do Norte era de 63,8 anos em 2009, um valor quase equivalente ao do Paquistão e Myanmar e pouco menor que a da Rússia.
A mortalidade infantil situa-se em um nível elevado, de 51,34, a qual é 2,5 vezes maior do que a da República Popular da China, 5 vezes a da Rússia e 12 vezes a da Coreia do Sul.
De acordo com a lista “The State of the world’s Children 2003” da UNICEF, a Coreia do Norte aparece na 73ª posição (com o primeiro lugar tendo o maior nível de mortalidade), entre a Guatemala (72ª) e Tuvalu (74º).
A taxa de fecundidade da Coreia do Norte é relativamente baixa e situa-se em 1,96 em 2009, comparável à dos Estados Unidos e da França.
O idioma oficial do país e o mais falado pelos norte-coreanos é o coreano, cuja classificação ainda é objeto de debate; alguns autores afirmam que ela pertence à família altaica, enquanto outros afirmam que é uma língua isolada.
O coreano tem o seu próprio alfabeto, o hangul, que foi inventado ao redor do século XV.
Ainda que por seu aspecto pareça ser um alfabeto pictográfico, na realidade é um alfabeto organizado em blocos silábicos. Cada um destes blocos consiste em pelo menos dois dos 24 caracteres (jamo): pelo menos uma das quatorze consoantes e uma das dez vogais.
Os alfabetos hanja (chinês) e o latino são usados dentro de alguns textos em coreano, uma prática mais usual no sul do que no norte.
Ainda que também seja o idioma nacional da vizinha Coreia do Sul, o coreano falado na Coreia do Norte difere dos falado pelos sul-coreanos em alguns aspectos como a pronúncia, a ortografia, a gramática e o vocabulário.
Ambas as Coreias compartilham uma herança budista e confucionista e uma recente aparição do movimento cristão.
A constituição da Coreia do Norte declara que a liberdade de religião é permitida.
De acordo com os padrões de religião, a maioria da população norte-coreana pode ser caracterizada como irreligiosa.
No entanto, existe ainda uma influência cultural de religiões tradicionais como do budismo e confucionismo na vida espiritual da Coreia do Norte.
Entretanto, o grupo budista norte-coreano é restritamente controlado pelo estado e, declaradamente, maior que outros grupos religiosos; particularmente os cristãos, que são perseguidos pelas autoridades.
O governo oferece apoio financiamento aos budistas para promover a religião, pois o budismo desempenha um papel fundamental na cultura tradicional coreana.
De acordo com o Human Rights Watch, atividades de liberdade religiosa não existem mais na Coreia do Norte, enquanto o governo patrocina grupos religiosos apenas para criar uma ilusão de liberdade religiosa.
Conforme a Religious Intelligence, a situação norte-coreana é a seguinte: Irreligião: 15 460 000 adeptos (64,31% da população, uma vasta maioria dos quais são adeptos à filosofia Juche); xamanismo coreano: 3 846 000 adeptos (16% da população); chondoismo: 3 245 000 adeptos (13,5% da população); budismo: 1 082 000 adeptos (4,5% da população); cristianismo: 406 000 adeptos (1,69% da população).
Pyongyang era o centro da atividade cristã na Coreia antes da Guerra da Coreia. Hoje em dia, existem quatro igrejas sancionadas pelo Estado, na qual os defensores da liberdade religiosa dizem ser “igrejas de fachada”, servindo apenas para criar uma falsa imagem da situação.
Estatísticas oficiais do governo reportam que existem 10 000 protestantes e 4 000 católicos romanos na Coreia do Norte.
De acordo com um ranking publicado pela Missão Portas Abertas, uma organização que apoia cristãos perseguidos, a Coreia do Norte é atualmente o país com as mais severas perseguições dos cristãos no mundo.
Grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional, também se manifestaram sobre perseguições religiosas na Coreia do Norte.
A Coreia do Norte se descreve como um Estado Juche (autossuficiente), mas é descrita por alguns analistas como uma monarquia absolutista de facto ou uma “ditadura hereditária” com um acentuado culto de personalidade organizado em torno de Kim Il-sung (o fundador do país e seu único presidente), seu falecido filho, Kim Jong-il, e seu neto, Kim Jong-un, atual Líder Supremo do país.
A Coreia do Norte usa um sistema de governo que também utiliza um sistema de departamentalização dos ministérios.
Há também académicos que rejeitam a noção de que a Coreia do Norte seja um Estado socialista que defende o comunismo, ao alegar que a liderança norte-coreana usa o comunismo como uma justificativa para a sua forma de governar.
Entretanto nas reuniões anuais do partido governamental WPK, é enfatizado pelos diversos oradores incluindo Kim Jong-un a sua ideologia socialista, e a intenção de firmemente defender a sua ideologia, sistema social e todos os outros tesouros socialistas ganhos à custa de sangue.
Pesquisas mais recentes com base em documentos internos do país e que não são parte da propaganda institucional para o público estrangeiro, popularizadas em 2009 por Brian R. Myers e seu livro The Cleanest Race e mais tarde apoiadas por outros acadêmicos, caracterizam a ideologia norte-coreana como sendo um nacionalismo racista e fortemente influenciado pela perspectiva racialista do Império do Japão antes do final da Segunda Guerra Mundial.
Myers desconsidera a ideia de que a ideologia juche seja a proeminente dentro do país, pelo menos quanto à sua exaltação pública como projetada para enganar estrangeiros.
Myers observa que a recente constituição da Coreia do Norte, de 2009, omite qualquer menção ao comunismo, citando somente diversas vezes ser socialista.
Após a morte de Kim Il-sung, em 1994, ele não foi substituído, mas sim recebeu a designação de “Presidente Eterno da República” e foi sepultado no vasto Palácio Kumsusan do Sol, no centro de Pyongyang.
Embora o mandato do presidente seja simbolicamente cumprido pelo falecido Kim Il-sung, o Líder Supremo até sua morte em dezembro de 2011 foi Kim Jong-il, que foi secretário-geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia e Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte.
A legislatura da Coreia do Norte é a Assembleia Popular Suprema, atualmente liderada pelo presidente Kim Yong-nam. A outra figura importante do governo é o primeiro-ministro Choe Yong-rim.
A estrutura do governo é descrita na Constituição da Coreia do Norte, de 2009 e que oficialmente rejeita o comunismo como ideologia fundadora do país.
O partido governante por lei é a Frente Democrática para a Reunificação da Pátria, uma coalizão do Partido dos Trabalhadores da Coreia e outros dois partidos menores, o Partido Social Democrático Coreano e o Partido Chongu Chondoista.
Estes partidos nomeiam todos os candidatos aos cargos e mantêm todos os assentos na Assembleia Popular Suprema.
Eles têm poder insignificante, visto que o líder detém o controle autocrático sobre os assuntos da nação.
Em junho de 2009, foi descoberto que o próximo líder do país seria Kim Jong-un, o mais novo dos três filhos de Kim Jong-il.
Isto foi confirmado em 19 de dezembro de 2011, após a morte de Kim Jong-il.
O governo norte-coreano exerce controle sobre muitos aspectos da cultura do país e esse controle é usado para perpetuar um culto de personalidade em torno de Kim Il-sung, e, em menor medida, à Kim Jong-il e Kim Jong-un.
Enquanto visitou a Coreia do Norte em 1979, o jornalista Bradley Martin notou que quase toda música, arte e escultura que ele observou era para glorificar o “Grande Líder” Kim Il-sung, cujo culto de personalidade foi, então, ampliado a seu filho: o “Líder Querido” Kim Jong- il.
Bradley Martin também informou que há ainda a crença generalizada de que Kim Il-sung “criou o mundo” e de que Kim Jong-il poderia “controlar o tempo”.
Tais relatos são contestados pelo pesquisador da Coreia do Norte Brian R. Myers: “Poderes divinos nunca foram atribuídos a qualquer um dos dois Kims.
Na verdade, o aparelho de propaganda em Pyongyang tem sido geralmente cuidadoso ao não fazer declarações que correm diretamente contra a experiência ou o senso comum dos cidadãos”.
Ele explica ainda que a propaganda estatal pintava Kim Jong-il como alguém cujo conhecimento estava em assuntos militares e que a fome da década de 1990 foi parcialmente causada por desastres naturais fora do controle de Kim Jong-il.
A música “Não há Pátria-Mãe Sem Você” (당신 이 없으면 조국 도 없다), cantada pelo Coro do Exército norte-coreano, foi criada especialmente para Kim Jong-il e é uma das músicas mais populares do país. Kim Il-sung ainda é oficialmente reverenciado como “Presidente Eterno” da nação.
Vários monumentos e símbolos na Coreia do Norte foram nomeados para Kim Il-sung, incluindo a Universidade Kim Il-sung, o Estádio Kim Il-sung e a Praça Kim Il-sung. Desertores têm relatado que as escolas norte-coreanas deificam ambos os líderes, pai e filho.
Kim Il-sung rejeitava a noção de que ele tinha criado um culto em torno de si mesmo e acusava aqueles que sugeriam isso de “sectarismo”.
Após a morte de Kim Il-Sung, os norte-coreanos foram prostrar e chorar para uma estátua de bronze do presidente falecido em um evento organizado; cenas semelhantes foram transmitidas pela televisão estatal depois da morte de Kim Jong-il.
Analistas dizem que este culto à personalidade de Kim Jong-il foi herdado de seu pai, Kim Il-sung. Kim Jong-il foi muitas vezes o centro das atenções durante toda a vida comum na Coreia do Norte. Seu aniversário é um dos feriados públicos mais importantes no país.
Em seu aniversário de 60 anos (com base em sua data oficial de nascimento), celebrações em massa ocorreram em todo o país.
O culto à personalidade de Kim Jong-il, embora significativo, não foi tão amplo como o do seu pai. Um ponto de vista é que o culto à Kim Jong-il era unicamente por respeito a Kim Il-sung ou por medo de punição por falta de homenagem.
A mídia e as fontes governamentais de fora da Coreia do Norte em geral, apoiam esta ponto de vista, enquanto fontes do governo norte-coreano dizem que é na verdade uma adoração a um verdadeiro herói.
B.R. Myers também argumenta que o culto à personalidade norte-coreano não é diferente da adoração à Adolf Hitler na Alemanha nazista.
Em 11 de junho de 2012 uma estudante norte-coreana de 14 anos de idade se afogou ao tentar salvar os retratos de Kim Il-sung e Kim Jong-il de uma enchente.
Há muito tempo, a Coreia do Norte mantém estreitas relações com a República Popular da China e com a Rússia.
A queda do comunismo na Europa Oriental em 1989, e a desintegração da União Soviética em 1991, resultaram em uma queda devastadora da ajuda da Rússia à Coreia do Norte, embora a República Popular da China continue a fornecer ajuda substancialmente.
O país continua a ter fortes laços com seus aliados socialistas do Sudoeste da Ásia, como o Vietnã, Laos, e Camboja.
A Coreia do Norte começou a instalar uma barreira de concreto e arame farpado na sua fronteira ao norte, em reposta ao desejo chinês de reduzir os refugiados que fogem do governo norte-coreano.
Anteriormente, a fronteira entre a China e a Coreia do Norte era fracamente patrulhada.
Como resultado do programa de armamento nuclear norte-coreano, o Grupo dos Seis foi estabelecido para procurar uma solução pacífica para o mal-estar crescente entre os governos de ambas Coreias, a Federação Russa, a República Popular da China, o Japão, e os Estados Unidos.
Em 17 de julho de 2007, inspetores das Nações Unidas verificaram o encerramento de cinco instalações nucleares norte-coreanas, segundo um acordo feito em fevereiro de 2007.
Em 4 de outubro de 2007, o presidente sul-coreano Roh Moo-Hyun e o líder norte-coreano Kim Jong-Il assinaram um acordo de paz, sobre a questão da paz permanente, conversações de alto nível, cooperação econômica, renovações ferroviárias, viagens áreas e rodoviárias, e uma seleção olímpica conjunta.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul anteriormente designavam o Norte como um Estado patrocinador do terrorismo.
Em 1983, uma bomba matou membros do governo da Coreia do Sul e destruiu um avião comercial sul-coreano; estes ataques foram atribuídos à Coreia do Norte.
O país também admitiu a responsabilidade pelo sequestro de 13 cidadãos japoneses nas décadas de 1970 e 1980, cinco dos quais retornaram ao Japão em 2002. Em 11 de outubro de 2008, os Estados Unidos removeram a Coreia do Norte de sua lista dos Estados patrocinadores do terrorismo.
A maioria das embaixadas estrangeiras conectadas com laços diplomáticos à Coreia do Norte estão situadas em Pequim, ao invés de Pyongyang.
Kim Jong-un é o Comandante Supremo das Forças Armadas da Coreia do Norte, denominado oficialmente de Exército Popular da Coreia (kPa), e Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Coreia do Norte.
As Forças armadas norte-coreanas possuem quatro ramos: Força Terrestre, Força Naval, Força Aérea, e o Departamento de Segurança do Estado.
De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, a Coreia do Norte tem o quinto maior exército do mundo, com uma população de militares estimada em 1,21 milhão, com cerca de 20% dos homens situados na faixa de 17 a 54 anos de idade nas forças armadas regulares.
A Coreia do Norte tem a maior porcentagem de pessoas militares per capita da população inteira, com aproximadamente 1 soldado alistado para 25 cidadãos norte-coreanos.
A estratégia militar é designada para inserção de agentes e sabotagem atrás de linhas inimigas durante uma guerra, com grande parte das forças da kPa estacionadas ao longo da altamente fortificada Zona Desmilitarizada da Coreia.
O Exército Popular da Coreia opera uma grande quantidade de equipamentos, incluindo 4 060 tanques de guerra, 2 500 VBTPs, 17 900 peças de artilharia (incl. morteiros), 11 000 armas aéreas de defesa da Força Terrestre; pelo menos 915 navios da Marinha e 1 748 aviões da Força Aérea, bem como cerca de 10 000 MANPADS e mísseis antitanques.
O equipamento é uma mistura de veículos da Segunda Guerra Mundial e pequenas armas, altamente proliferadas da tecnologia da Guerra Fria, e as mais modernas armas soviéticas. De acordo com a mídia oficial norte-coreana, os gastos militares para 2009 são 15,8% do Produto Interno Bruto.
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